O Preço.

Todos tem uma opinião sobre o amor, mesmo que esta seja escondida, esculpida por lamentos e decepções, por alegrias e vitórias, por histórias tristes e engraçadas. Comigo não é diferente: como boa adolescente indecisa, já passei por maus bocados. E eu não me canso de dizer aos quatro ventos que eles me deixaram lições. Tive um "casinho" que durou quatro anos, em que eu nunca assumia, pra mim e pra ninguém que gostava do cara. Aí um dia, quando eu resolvi confessar, ele caiu fora, e eu fiquei na pior, me lamentando por não ter atitude. Dia desses achei que ia dar, que tinha conhecido alguém legal, e pasmem, todos viram que eu estava feliz. Estava. O fofinho nem sequer considerou minha companhia. Tratou de deixar bem claro para todos (menos pra mim) que não tínhamos nada, e mais uma vez a Carol ficou na pior. Triste não é? Mas sabe, depois de umas duas noites mal dormidas e várias borboletas querendo sair do estômago, comecei a pensar alto, a filosofar sobre a graça do amor, que nos prega peças quando nos achamos o mais esperto dos seres. Ninguém te garante que você não sofrerá nunca mais com a pressão da galera pra assumir que gosta do cara, ou a pressão da tua consciência te falando que ele é ou não é "a" pessoa. O preço que pagamos por não assumir namoros, ficadas e sentimentos é um sofrimento encoberto, escondido no fundo de nossa alma, que, quem sabe, deixaremos transparecer. Eu sugiro jogar no ar, porque, afinal, são as surpresas da vida que à tornam extremamente apaixonante. Mesmo com foras e amores mal-resolvidos.

*Postado para o Tudo de Blog, da Capricho.

"Assumir ou não assumir: Eis a questão! "