terça-feira, 25 de agosto de 2009

Falta de amar demais.



Eu sempre quis ter um gato, pra que chamasse Salém. Eu adorava esse nome. E quando o Salém chegou, fiquei boba: ele era tudo que eu não imaginava. Não era peludão e preto, não era quieto. Mas eu o amava mesmo assim, apesar de muuuuitas vezes nem ir lá dar oizinho pra ele. E ele sabia que eu e todos de casa gostávamos muito dele-era como se fosse da família. E de como ele mudou nosso pensamento em relação a importância que se dá a cada momento. Porque quando se está com uma pessoa que se ama de verdade, é preciso deixar bem claro que ela irá fazer muita falta se um dia for embora realmente. E eu sei que nunca deixei muito claro o quanto o Salém era importante pra mim, e do nada ele foi tirado da minha vida sem permissão. Eu lembro até hoje de, quando eu fui viajar, eu falando "Salém, cuida da casa, fica bem heeim? Quem sabe eu te trago um Whiskas".
Pois é, ele era um gato, e muita gente pode se perguntar E DAÍ QUE O GATO DELA MORREU, AFE. Mas vejamos as coisas como realmente são: Salém era importante, tão importante que me fez pensar sobre a falta. A falta que ele me faz por somente pular no meu colo e roçar nas minhas pernas, ou a falta que tenho de gritar com ele de vez em quando, ou quando ele ia correndo quando minha mãe chegava em casa. Eu realmente percebi que nunca se dá o valor que se merece as coisas e pessoas que amamos, até que elas se vão embora de vez, e você tem a certeza de que por mais que você chore e se arrependa, elas não vão voltar. E o que te resta a fazer e rezar e agradecer por ter o privilégio de conviver com alguém tão especial. É por isso que não desejo mais a morte de ninguém, e nem deixo de dizer todos os dias te amo pras pessoas que realmente fazem a diferença. Porque é pra isso que viemos, afinal: aprender a ser pessoas melhores aliados ao amor.
Então, pra terminar, duas coisas: peço perdão de verdade pras pessoas que não dei a importância que devia, por ter mentido ou feito intriga sem querer. De verdade. E dois: se eu pudesse dar um conselho baseado somente na minha humilde experiência errante, diria que é melhor se arrepender pelo feito do que pelo não feito. Não queira carregar consigo a culpa por não ter amado o suficiente, independente de que amor seja esse. Comece amando você, depois ame os outros, seus filmes, livros, o que você escreve. Se o mundo tivesse um terço do amor que ele precisa, sem sombra de dúvidas ninguém mais dormiria com aquele vazio sem resposta.
Não queira viver com um vazio sem resposta.

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