Se namorar, não beba

Sabadásso, oito horas, dia de baile, véspera de páscoa. O cenário perfeito: estava eu então em pleno churrasco de esquenta na casa do primo. Muita bebida, narguilé e azaração. Eu estava de rolinho, e com uma alegria conquistada após umas 4 horas de festinha, fui conversar com ele. Papo vai, papo vem, a gente se empolgou um pouco, e quando vi estávamos sozinhos no quarto. Nada a ver, só conversa, as D.R's da vida, e eu já gostava dele. E o tempo passou que a gente nem viu, e depois de uns beijos, resolvi sair do quarto que já estava sufocante. Porém, eis que surge nada mais nada menos que a mãe do meu primo, que abriu a porta com tudo e se deparou com nós dois lá, sozinhos num quarto escuro. E depois de deixar bem claro que não tinha gostado nada do que viu, fui pra fora com a maior cara de tacho do mundo. Eu não sabia o que fazer, não sabia o que falar nem o que explicar para a minha mãe se ela ficasse sabendo. Depois a balada nem foi a mesma: e a preocupação dos olhos curiosos em cima de você? Não larguei o pensamento que estava errada, mesmo depois do meu primo ter me garantido que o assunto havia morrido. No final,(ainda) estou com o gato, lembro dessa cena e rio. Até porque depois que o leite derrama não adianta querer pegar com o canudinho.

*Postado para o Tudo de Blog, da Capricho

"Qual foi o maior mico que você já pagou?"