terça-feira, 31 de março de 2009

Meu herói abstrato




Eu poderia citar tantas pessoas, das quais me recordo bem, das quais guardei algo de bom para mim. Poderia falar por horas sobre o que é ser um herói, qual papel ele tem na vida de muita gente. E justo você foi escolhido, não é engraçado?

Um cara que teve medo, se arrependeu, chorou, riu, criou um menino sem mãe, deu a cara a tapa quando gritava que tão certo quanto o erro de ser barco a motor e insistir em usar os remos, é o mal que a água faz quando se afoga, e o salva-vidas não está lá, porque não vemos. Que tinha a leveza de escrever letras que refletem no nosso cotidiano. Que, quase sem querer, queria o mesmo que a gente. Que em dias frios me lembrava que o sol iria voltar amanhã, mais uma vez, e que quem acredita sempre alcança. Que, às vezes, uma pessoa tem a cura pro vício da saudade que sentimos de tudo que não vimos. Um cara que escorregava e não tinha medo de levantar, não tinha medo de se mostrar, ou mostrar pra alguém que todos somos únicos, especiais e livres. E que a vida é uma eterna música urbana. Alguém que mostrava que o país era esse, e que, apesar de ninguém respeitar a constituição, ainda acreditavam no futuro da nação. É Renato, as coisas não mudaram. Porém, dentro de mim, eu tinha a dúvida se heróis existiam de verdade. Não tenho mais.
*Postado para o Tudo de Blog, da Capricho
Qual é o sei herói?

2 comentários:

Bruna disse...

Ameeeeeeei, Carol!
Eu sou fã do Renato Russo, das letras incríveis dele. Legião marcou minha infância e minha adolescência, sinto falta de ter letras tão intensas nas músicas de hoje.
Olha.. gostei muito e de verdade! Vou torcer pro teu texto ir pro site!
Beeeijos!

*Lusinha* disse...

Nossa, ficou muito bom o texto!
Bjitos!

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